Um falso motorista de aplicativo foi preso em flagrante em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, sob acusação de tentativa de estupro contra uma passageira.
No último dia 12, a vítima saiu de um shopping na região e entrou no veículo. Ela relatou ter ficado desconfiada quando o motorista, identificado apenas como Renato, afirmou que estava sem internet no celular e perguntou qual era o destino da passageira.
Em determinado momento, após estacionar próximo ao destino indicado, ele trancou as portas e fechou as janelas, virando-se em direção à passageira com insinuações de natureza sexual. A vítima, rapidamente contatou um amigo que a aguardava, buscando auxílio.
"Foi o tempo de ele pegar uma chave de fenda e avançar em mim. Ele me segurou pelo pescoço e com a outra mão ficou pressionando a chave de fenda no meu pescoço e disse que ia me matar" Vítima, que não quis ser identificada
O amigo da vítima chegou e começou a golpear as janelas, ordenando que Renato destrancasse a porta. Nesse momento, ela falou que entrou em confronto físico com o agressor, enquanto ele acelerava o veículo.
"Eu nem pensei, só dei uma gravata no pescoço dele e bati na cabeça para ele desligar o carro. Eu peguei a chave e tirei da ignição, consegui desligar e aí o carro destravou. Nessa hora, ele tentou fugir, mas uns moradores o seguraram até a PM chegar. E, a todo momento, ele dizia que eu estava mentindo e não queria pagar a corrida", conta ela.
Na declaração ao G1, a vítima disse que ainda sente muito medo.
"Estou em um processo, melhorando, mas ainda estou tendo crises de pânico. Meu medo é ele sair e vir atrás de mim", disse a vítima, que optou por não ser identificada.
O caso foi registrado na 73ª DP (Neves), resultando na prisão em flagrante de Renato. O acusado já tinha histórico criminoso por roubo.
Renato compareceu a uma audiência de custódia e permanece detido na Cadeia Pública Juíza Patrícia Acioli, em São Gonçalo.
As informações do falso motorista não eram compatíveis ao do condutor solicitado no aplicativo de transporte.
"Meu intuito é alertar justamente isso. Como ele veio de ré e o carro estava em movimento, eu não consegui conferir a placa. O modelo e a cor batiam, vi por alto as letras e embarquei. Se eu tivesse esperado para conferir, não teria acontecido", alerta a vítima.